Cuide-se!
Proteja-se!
Previna!
Este tipo de câncer representa
nos países ocidentais uma das principais causas de morte em mulheres. As
estatísticas indicam o aumento de sua freqüência tantos nos países
desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10
vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de
Base Populacional de diversos continentes.
Em 2012,
esperam-se, para o Brasil, 52.680 casos novos de câncer da mama, com um risco
estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres.
Sem considerar
os tumores da pele não melanoma, esse tipo de câncer também é o mais frequente
nas mulheres das regiões Sudeste (69/100 mil), Sul (65/100 mil), Centro-Oeste
(48/100 mil) e Nordeste (32/100 mil). Na região Norte é o segundo tumor mais
incidente (19/100 mil) (INCA – 2012).
Número de
mortes: 12.852, sendo 147 homens e 12.705 mulheres (2010).
No Brasil, o câncer de mama
é o que mais causa mortes entre as mulheres.
Sintomas
Os sintomas do câncer de
mama palpável são o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária.
Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou
retrações ou um aspecto semelhante a casca de uma laranja. Podem também surgir
nódulos palpáveis na axila.
Fatores de Risco
História familiar é um
importante fator de risco para o câncer de mama, especialmente se um ou mais
parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes dos 50 anos de
idade. Entretanto, o câncer de mama de caráter familiar corresponde a
aproximadamente 10% do total de casos de cânceres de mama. A idade constitui um
outro importante fator de risco, havendo um aumento rápido da incidência com o
aumento da idade. A menarca precoce (idade da primeira menstruação), a
menopausa tardia (após os 50 anos de idade), a ocorrência da primeira gravidez
após os 30 anos e a nuliparidade (não ter tido filhos), constituem também
fatores de risco para o câncer de mama.
Detecção Precoce
As formas mais eficazes para
detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico da mama e a mamografia.
O Exame Clínico das Mamas (ECM)
Quando realizado por um
médico ou enfermeira treinados, pode detectar tumor de até 1 (um) centímetro,
se superficial. O Exame Clínico das Mamas deve ser realizado conforme as
recomendações técnicas do Consenso para Controle do Câncer de Mama.
A sensibilidade do ECM varia
de 57% a 83% em mulheres com idade entre 50 e 59 anos, e em torno de 71% nas
que estão entre 40 e 49 anos. A especificidade varia de 88% a 96% em mulheres
com idade entre 50 e 59 e entre 71% a 84% nas que estão entre 40 e 49 anos.
A Mamografia
A mamografia é a radiografia
da mama que permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de mostrar
lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros).
É realizada em um aparelho
de raio X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a
fornecer melhores imagens, e, portanto, melhor capacidade de diagnóstico. O
desconforto provocado é discreto e suportável.
Estudos sobre a efetividade
da mamografia sempre utilizam o exame clínico como exame adicional, o que torna
difícil distinguir a sensibilidade do método como estratégia isolada de
rastreamento.
A sensibilidade varia de 46%
a 88% e depende de fatores tais como: tamanho e localização da lesão, densidade
do tecido mamário (mulheres mais jovens apresentam mamas mais densas),
qualidade dos recursos técnicos e habilidade de interpretação do radiologista.
A especificidade varia entre 82%, e 99% e é igualmente dependente da qualidade
do exame.
Os resultados de ensaios
clínicos randomizados que comparam a mortalidade em mulheres convidadas para
rastreamento mamográfico com mulheres não submetidas a nenhuma intervenção são
favoráveis ao uso da mamografia como método de detecção precoce capaz de
reduzir a mortalidade por câncer de mama. As conclusões de estudos de
meta-análise demonstram que os benefícios do uso da mamografia se referem,
principalmente, a cerca de 30% de diminuição da mortalidade em mulheres acima
dos 50 anos, depois de sete a nove anos de implementação de ações organizadas
de rastreamento.
O Auto-Exame das Mamas
O INCA não estimula o
auto-exame das mamas como estratégia isolada de detecção precoce do câncer de
mama. A recomendação é que o exame das mamas pela própria mulher faça parte das
ações de educação para a saúde que contemplem o conhecimento do próprio corpo.
As evidências científicas
sugerem que o auto-exame das mamas não é eficiente para o rastreamento e não
contribui para a redução da mortalidade por câncer de mama. Além disso, o
auto-exame das mamas traz consigo conseqüências negativas, como aumento do
número de biópsias de lesões benignas, falsa sensação de segurança nos exames
falsamente negativos e impacto psicológico negativo nos exames falsamente
positivos.
Portanto, o exame das mamas
realizado pela própria mulher não substitui o exame físico realizado por
profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado para essa atividade.
As Recomendações do Instituto Nacional
de Câncer
Em Novembro de 2003, foi
realizada a "Oficina de Trabalho para Elaboração de Recomendações ao
Programa Nacional de Controle do Câncer de Mama", organizada pelo
Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Câncer e da Área Técnica
da Saúde da Mulher, com o apoios das Sociedades Científicas afins e
participação de gestores estaduais, ONG's e OG's.
A partir dessa Oficina foi
desenvolvido um Documento de Consenso para Controle do Câncer de Mama, publicado
em 2004, que contém as principais recomendações técnicas referentes à detecção
precoce, ao tratamento e aos cuidados paliativos em câncer de mama, no Brasil.
Amigas do Peito
O Grupo
Amigas do Peito de Bauru, uma associação sem fins lucrativos que foi criado por
algumas pacientes de câncer de mama sob a coordenação do mastologista Dr.
Willian Davila Delgallo, que se reuniam desde 2003 para trocarem experiencias
quanto ao tratamento e assim foram agregando mais mulheres e sentiram a
necessidade de formar este grupo de apoio, legalmente formalizado em 2008 e vem
desenvolvendo ações de apoio as acometidas pela doença, além de alertar quanto
formas de prevenção e a importância da detecção precoce.
A
maioria do Grupo é formada por mulheres que foram acometidas pelo câncer de
mama que se reúnem mensalmente, e também participam profissionais que queiram
contribuir para o esclarecimento do outro e voluntários em geral cujo objetivo
seja ver o outro feliz.
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